Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Eu mencionei a poesia do cabra, lá atrás, e não foi à toa. Se é verdade que as músicas do Cinemerne possuem vitalidade suficiente para prender qualquer ouvido menos preguiçoso, a simplicidade das harmonias, econômicas até dizer chega, não surpreendem ninguém. É no exercício do verbo, na ponta da língua, que PH justifica suas composições.
Como diria Jack o estripador – Mas vamos por partes. Pra fazer esse trabalho direitinho, sou obrigado a mencionar aspectos técnicos que podem entediar o leitor comum, mas que significa muito para quem possui alguma intimidade com a cena local. O nome de Léo Airplane, por exemplo, mais uma vez aparece nos créditos de um trabalho fonográfico sergipano. Pode acreditar, pra galera mais esperta, esse nome diz tudo.
Léo assina a produção e mixagem do disco, e ainda emprestou o estúdio para a gravação do disco, no décimo inverno do séc. XXI (é o que informa a ficha do disco, faça as contas aí). Além disso, executou baixo, teclados e programou as baterias do EP.
Agora, o que interessa mesmo, como já foi dito, são as letras de PH. Para dar vazão às coisas belas e sujas que povoam o seu mundo, o compositor constrói imagens com as palavras, como se pretendesse edificar um monumento à confusão que todo mundo carrega dentro do peito. As palavras são duras, não acalentam. Não se pode esperar suavidade de quem andou cem quilômetros com um sapato. Quando a experiência cria calos, mesmo a esperança se manifesta cansada. É isso o que “Coisas belas e sujas” ensina pra gente.
Descrição suculenta, fiquei interessadíssimo em dar um saque. Faltou algum link pra conferir o trabalho.
Comentário por Deilson Pessoa — março 31, 2011 @ 4:33 pm
Passe aqui em casa que o sr copia, Marico! rsrs
Comentário por spleencharutos — abril 1, 2011 @ 1:54 am
Se eu quiser uma cóipa, vou ser chamado de marico?
Comentário por marreta — abril 5, 2011 @ 2:19 pm
Você eu respeito, só por causa de Thiara! kkk
Comentário por spleencharutos — abril 5, 2011 @ 2:29 pm